Na noite só e fria
Quando me deito, Nada, quero pensar
Vens tu, bater á minha porta….
Sonolenta, sinto que nem nos sonhos,
Te quero recordar…
Vens de mansinho, depois de teres partido
Me deixando a sofrer
Uma paixão sem cura…
Por causa dela, foste sem um adeus,
Agora já não te sinto
Já não me mereces
Sinto meu coração abandonado
Por ti despedaçado…
Não volto a deixar que lá entrem
Foste minha loucura
Minha miragem
Minha sepultura
Como um sonho eu revivo
O dia em que me entreguei
Aos prazeres dessa loucura
Sentimento de solidão senti, porque já não eras meu
És pássaro volátil
Voas-te, sem jamais aparecer
Tuas doces carícias me deixaste em recordação,
Tiveste o dom de me deixar sem fôlego no coração
Mas que adiantou…
Se ela foi a vencedora e não eu
Não voltes, aos meus sonhos…
Não quero mais sofrer pela manhã
Acordar sozinha, no frio do abandono
No desencontro da nossa recordação
Que nunca foi amor, nem paixão
Uma mera ilusão…
Uma mera fantasia
De mais uma noite só e fria
Alzira Macedo
escrito a
06/01/2010
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