Forma de sentir
Minha alma estranha,
quando não sente!
o optimismo natural.
Do acontecimento,
quando palavras mansas
me fazem desesperar.
Paro
Penso
Medito
aprendi a ouvir o íntimo,
que reclama…
Que grita…
Por falta de amor,
de compreensão…
Olhando a enormidade do egoísmo
existente,
do pobre
e do feliz descontente.
Aparências,
somente aparências
parei novamente!
porque nada mais me ocorre?
O tempo nos ultrapassa,
deixando para trás
momentos vividos partilhados
o que vem a seguir?
Não sei…
saberás tu?
hummm…
Deixa-me pensar novamente
vem mais um caminhar
sem rumo
sem sonhos
um caminhar por caminhar
assim é premeditado
pelos não viventes
pelos não sonhadores
encosto-me no tronco da vida
vejo-te passar
sombrio
sem horizontes
acendo um cigarro
a luz da chama
te alerta
suspiras
e passas em frente
olho o céu
e reclamo
porquê?
as estrelas encandeadas
baralham-se em incertezas
a lua madrasta, responde
dissabor…
não encontraram o caminho
do sorriso
da felicidade
do caminhar com suavidade
apenas conhecem dor
nesta maratona que se chama vida
apago o cigarro
desencosto-me
e vou sorridente
ao encontro dessa vida
que encontrei em mim
que vejo em ti
sou sonhadora?
Irreal?
Não…
apenas
feliz por existir
Alzira Macedo
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