Domingo, 9 de Maio de 2010

Para Pensar...

 

 

 

 

O Oleiro e o poeta….

 

Há muito tempo, na cidade de Zahlé, ocorreu uma rixa entre um jovem poeta, de nome Fauzi, e um oleiro, chamado Nagib.
 
Para evitar que o tumulto se agravasse, eles foram levados à presença do juiz do lugarejo.
 
O juiz, homem íntegro e bondoso, interrogou primeiramente o oleiro, que parecia muito exaltado.
 
"Disseram-me que você foi agredido? Isso é verdade?"
 
"Sim, senhor juiz." - Confirmou o oleiro - "fui agredido em minha própria casa por este poeta. Eu estava, como de costume, trabalhando em minha oficina, quando ouvi um ruído e a seguir um baque.
 
Quando fui à janela pude constatar que o poeta Fauzi havia atirado com violência uma pedra, que partiu um dos vasos que estava a secar perto da porta.
 
Exijo uma indemnização!" - gritava o oleiro.
 
O juiz voltou-se para o poeta e perguntou-lhe serenamente: "Como justifica o seu estranho proceder?"
 
"Senhor juiz, o caso é simples." - Disse o poeta.
 
"Há três dias eu passava pela frente da casa do oleiro Nagib, quando percebi que ele declamava um dos meus poemas. Notei com tristeza que os versos estavam errados. Meus poemas eram mutilados pelo oleiro.
 
Aproximei-me dele e ensinei-lhe a declamá-los da forma certa, o que ele fez sem grande dificuldade.
 
No dia seguinte, passei pelo mesmo lugar e ouvi novamente o oleiro a repetir os mesmos versos de forma errada.
 
Cheio de paciência tornei a ensinar-lhe a maneira correcta e pedi-lhe que não tornasse a deturpá-los.
 
Hoje, finalmente, eu regressava do trabalho quando, ao passar diante da casa do oleiro, percebi que ele declamava minha poesia estropiando as rimas e mutilando vergonhosamente os versos.
 
Não me contive.
 
Apanhei uma pedra e parti com ela, um de seus vasos.
 
Como vê, meu comportamento nada mais é do que uma represália pela conduta do oleiro."
 
Ao ouvir as alegações do poeta, o juiz dirigiu-se ao oleiro e declarou: "que esse caso, Nagib, sirva de lição para o futuro. Procure respeitar as obras alheias a fim de que os outros artistas respeitem as suas.
 
Se você equivocadamente julgava-se no direito de quebrar o verso do poeta, achou-se também o poeta egoisticamente no direito de quebrar o seu vaso."
 
E a sentença foi a seguinte: "determino que o oleiro Nagib fabrique um novo vaso de linhas perfeitas e cores harmoniosas, no qual o poeta Fauzi escreverá um de seus lindos versos. Esse vaso será vendido em leilão e a importância obtida pela venda deverá ser dividida em partes iguais entre ambos."
 
A notícia sobre a forma inesperada como o sábio juiz resolveu a disputa espalhou-se rapidamente.
 
Foram vendidos muitos vasos feitos por Nagib adornados com os versos do poeta. Em pouco tempo Nagib e Fauzi prosperaram muito. Tornaram-se amigos e cada qual passou a respeitar e a admirar o trabalho do outro.
 
O oleiro mostrava-se arrebatado ao ouvir os versos do poeta, enquanto o poeta encantava-se com os vasos admiráveis do oleiro.

 
Cada ser tem uma função específica a desenvolver perante a sociedade. Por isso, há grande diversidade de aptidões e de talentos.
 
Respeitar o trabalho e a capacidade de cada um possibilita-nos aprender sobre o que não conhecemos e aprimorar nossas próprias actividades.
 
Respeito e colaboração são ferramentas valiosas para o desenvolvimento individual e colectivo.

 

 

 

(Autor desconhecido)
Gostei e publiquei...

 

música: Quem sabe...
sinto-me:

publicado por Alzira Macedo às 21:56
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4 comentários:
De Sonhosolitario a 9 de Maio de 2010 às 22:16

olá amiga Alzira
linda historia que marca toda uma vida.
obrigado por repartires com nós.
doce beijinho e feliz semana.
sonhosolitario


De Alzira Macedo a 10 de Maio de 2010 às 22:19
Olá amigo solitario há quanto tempo nao te lia por cá... Está tudo bem contigo?
Espero que sim...
Este meu poste, não foi escrito por mim...
Até o poderia ter sido pois é assim que sinto...
Se respeitarmos os outros mesmo que não seja a nosso gosto ou parecer...
Só assim aprendemos a crescer na vida a aceitar o que não é nosso, a aprender a viver e partilhar mundos e ideias diferentes...
Beijo para ti amigo e volta sempre...


De Rosinda a 10 de Maio de 2010 às 10:36
E fez muito bem em publicar!
é uma bela história, com um belo exemplo!
Beijinhos


De Alzira Macedo a 10 de Maio de 2010 às 22:23
Obrigada amiga Onix...
Tenho sempre algo na manga para escrever para partilhar...
Mas o tempo nunca é de sobra e quando escrevo gosto de escrever por mim propria com gosto a meu ser...
E quando recebo momentos de reflexao destes entao partilho sem perguntar porquê...
Partilho porque sao dignos de serem lidos e pensados...
Vou até mais longe....
Todos nós temos algo para dizer, para ler, para partilhar...
Mas nem todos temos este objectivo e capacidade de assimilar e aceitar....
Sinceramente quando li o mail que me enviaram com esta mensagem não exitei...
Copiei e colei...
Eu gostei e espero que esta partilha chegue a muitas mentes....
Beijos doces e até sempre amiga....


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